terça-feira, 13 de março de 2012

E viva a paroxetina!!!

Ok, me rendi...

Fiquei uns bons meses (mais ou menos uns 9) sem tomar, mas não estou segurando a onda. Frise-se que é com acompanhamento e receita médica. Recomecei ontem, espero que logo faça o efeito desejado. Tenho me sentido mega desmotivada, muitos trabalhos atrasados, estou sem ânimo pra nada. 

Tomara que isso me ajude por um tempo, e logo eu esteja declarando esse amor por mim que tinha em mente inicialmente, pois detesto tomar remédio. 

Vamo que vamo...

domingo, 11 de março de 2012

Baixa estima...

Estou com meu ego lá embaixo. Logo eu, sempre segura e dona de mim, há anos não tinha problemas com isso. Quando era mais nova adolescente tinha um cabelo armado, meio indomável, por isso "Mulher Descabelada" (estilo Maria Betânia), estava acima do peso... não era uma miss, reconheço! Não me sentia bonita, mas muitos diziam que eu era. Não faltavam meninos, e sempre fiquei com a maioria dos que desejei. Conheci meu ex- marido nesse contexto, namoramos, casamos, e tive minha filha, o que me fez de mim uma mulher mais bonita. Meu cabelo mudou, perdi muito peso, a maturidade da maternidade me deu muita segurança.

Passei os anos de casamento recebendo elogios de outros homens, mas nunca dei bola até conhecer o ex-amante que, de uma forma incrível, levou meu ego na estratosfera.

Meu ex marido também, apesar de todos os problemas que tivemos de traição, sempre me elogiou muito, não me deixava em momento algum insegura com relação a minha aparência.

Mas depois de tudo que aconteceu com o ex-namorado psicopata, juntado a idade que chega, estou me sentindo um lixo. A devastação dessa separação me pegou em pontos que eu nunca imaginei me abalar.

Durante nosso namoro ele nunca demonstrou não gostar da minha aparência, pelo contrário, a única critica que ele fazia era com relação as minhas roupas, pois eu sempre fui mesmo "esculachada", nunca liguei pra esses detalhes, mas fora isso, ele não demonstrava desinteresse.

Mas depois, com tudo que aconteceu no rompimento e nas consequencias de contatos posteriores me coloquei a analisar como ele falava de aspectos físicos da ex-namorada da banda, com quem ele morou 2 anos, e procurou-a depois de levar um fora meu e da atual namorada, dizendo que amava e coisas do tipo, falou de mim para ela e para a atual namorada, assim como falou desta para outra. Confuso né? Ele falou de todas pra todas.. No fundo não gosta de ninguém, coitada dessa que está pagando pra ver, acreditando nas promessas e juras de amor eterno (que ele fazia pra mim 2 dias antes de ficar com ela pela primeira vez quando ainda estávamos namorando), por dinheiro, por expectativa de fama e sucesso. Isso me arrasou. Essa traição, rejeição por dinheiro, nossa como isso doeu!

Me sinto feia, com os dentes tortos (de fato meus dentes são desalinhados, mas nada que, até então,  comprometia um belo sorriso) sou magra e "despeitada", e meu rosto já apresenta poucos, mas alguns sinais do tempo.

Apesar de que, ele disse que a nova namorada parecia uma velha, por ter pés de galinha em excesso perto dos olhos (verdade gente, eu estive com ela pessoalmente um dia em que conversamos sobre ele, e apesar dela ser 3 anos mais nova que eu, o rosto aparenta mais - com certeza pelo Sol, mas ela é bonita, não é feia, embora ele tenha falado isso de mim e dela - um escroto!). Mas estou me sentindo aplacada pelas críticas e comentários que ele fez, estou sentindo o peso da idade.

Tomei uma decisão, como toda mulher que passa por essa situação de separação, decepção, desilusão... Vou mudar, e isso inclui usar aparelho ortodôntico que devo começar a colocar em uma semana, um planejamento financeiro para daqui um ano arcar com um silicone e daqui uns meses fazer um peeling profundo para tiras marcas de expressão e rugas muito sutis e acabar com umas marcas discretas de espinha que tenho no rosto.

Eu não tenho dinheiro para nada disso, mas vou me virar, vou dar um jeito.

Estou precisando disso, nunca pensei que minha aparência pudesse ser algo que me preocuparia, nunca fui vaidosa, fresca, sempre fui muito básica e normal. Mas hoje, me sinto feia e sem graça.

Confesso que sinto uma vontade enorme de me cuidar, ficar linda e em uns 2 anos nova!! Com peitão, corpão, sorrisão e dar de cara com esse mal agradecido, que mentiu tanto pra mim, me magoou, me decepcionou e me deixou assim, tão arrasada.

Por isso penso que será um período de reclusão, não sinto vontade de ficar com ninguém, não penso em me relacionar tão cedo, e assim quero entrar em um casulo como uma borboleta e sair nova, renovada, com a cabeça, o corpo e o coração verdadeiramente prontos para amar de novo.

Não me sinto bem comigo. Ontem ao dormir chorei muito, de arrependimento, de saudade, de desorientação, pois sempre que sinto saudade sinto repulsa, pois não os queria de volta, mas os momentos bons foram tão legais.. Dói tanto lembrar que tudo que parecia ser tão perfeito, tão amoroso era tudo mentira, como eles mentiram, como eu me deixei levar... A noite foi péssima, pensei em sumir, como se não houvesse razão para existir, tamanha minha solidão. Mas quando penso que estar ao lado de uma pessoa como o ex-namorado ou o ex-marido me fazia infeliz, recupero minha sanidade e crio um pouquinho de força para seguir. Mas está sendo lento. E nesse período de reclusão e acasulamento preciso me empenhar em "não pensar" nos dois, a pior e mais difícil parte desta recuperação.

Me amei um pouquinho hoje, e ao invés de ficar em casa, deprimida, dormindo ou olhando o vazio da tela do computador, peguei as crianças e saí para fazer um lanche, fomos em uma casa de chá que nunca tínhamos ido, depois fomos jantar. Compramos umas coisinhas, e voltamos. Não foi um super passeio, mas sair um pouco me distraiu.

Preciso esquecer tudo que passei, pena que isso demora, mas quando isso tudo passar além de linda, espero estar apaixonada por mim. Tenho um longo caminho pela frente...

sábado, 10 de março de 2012

Solidão

Sábado de noite, sozinha em casa com um dos filhos. Tento fazer novos contatos na net, mas nada me cativa de verdade. Sinto uma solidão tremenda.

Mas não sei que queria ter alguém, porque ninguém me interessa... Trauma? Deve ser. Nunca tinha me sentido com o coração vazio assim, sempre tive a quem amar, a quem desejar. Hoje não amo ninguém, não desejo homem algum.

Sinto falta de uma boa companhia. Da ilusão das noites de vinho e violão com o ex namorado maluco, da ilusão das noites de amor e carinho com o ex-marido, noites em que nossos corpos eram apenas um, abraçados até a manhã. Ilusão, ilusão, ilusão...

O que é real pra mim hoje é só a solidão. Nessa noite me sinto assim. Perdida sem esperanças de uma vida a dois.

Tentado me fazer de forte o tempo todo, mas não posso negar o quanto pense em "se..." mesmo sabendo que esse se não mudaria nada. Hoje ouvi uma coisa muito sábia: nós não mudamos nunca, e completei, se nós não mudamos, como acreditar que o outro mudaria? E isso me segura e me ampara, porque eu estou sozinha justamente por reconhecer que nada mudaria, e viver o que eu já vivi eu não quero. Mas sinto falta, sim, as vezes sinto sim.

Mas vai passar não vai?

sábado, 3 de março de 2012

Check in



Quando fiz esse blog tinha intenção inicial de mostrar que eu "estava bem", que superaria numa boa os rompimentos que passei, mas hoje vejo que a coisa não é tão simples.

Me pego tentando mostrar que estou legal, mas no fundo sei que a realidade é outra.

Especialmente nas últimas horas, pensei muito no meu casamento, precisamente hoje, que completa um ano em que através de um telefonema disse ao meu ex marido (depois de mais uma das mentiras dele): " - Nem precisa mais voltar, aqui você só entra para tirar suas coisas!" e assim foi feito. 

Sinto falta da minha família completa, de ter alguém ao meu lado, até dele as vezes, mas não me sinto nem um pouco arrependida. Mas confesso que já me peguei chorando várias vezes por isso. Nos poucos contatos que temos, pelas crianças, me emociono e choro.

Dizem que eu não vivi o luto dessa separação, pois nos 4 meses que fiquei solteira, sempre tive com quem ficar, estava saindo sempre, louca para ficar com um monte de gente, enfim, a piração básica de qualquer pós separação. E foi justamente aí que o ex namorado entrou e ficou por 6 meses.

Eu pulei a etapa do luto dessa separação de uma relação de 17 anos para me esconder atrás de um namoro doente, fraco, em que me iludi em vários aspectos, namoro este que durou apenas 6 meses e me destruiu mais que a separação anterior.

Eu pulei essa etapa do meu passado e hoje, no presente, sinto exatamente o peso dessa ausência de luto, ele se acumulou e veio de uma vez só para aplacar e me detonar de uma vez só. 

Mas esse mesmo passado me ensina que agora preciso de um tempo pra mim, coisa que ouvi tantas vezes um ao atrás e ignorei. Hoje eu preciso aprender a me amar, me respeitar, não me atropelar para garantir o futuro menos doloroso, menos problemático.

Até agora vivi muitas coisas em minha vida. Já tive meu grande amor, já tive filhos, já fiz loucuras por uma paixão extra-conjugal e me dei muito mal me envolvendo com em um relacionamento de amizade mascarado por um namoro falso, que parecia ser a salvação da minha vida.

Chega de emoções por um tempo.

O nome escolhido para o blog o verdadeiro "meu amor por mim" ainda está sendo construído, ainda está sendo trabalhado, não cheguei na plenitude da aplicação desta amorosidade egocêntrica mas estou batalhando por isso. Eu quero, eu posso, mas agora não vai passar, não vai ser hoje que as coisas que sinto vão mudar.

Minha esperança no futuro está calcada principalmente nas experiências do passado. Já sofri muito por amor, de tanto amar, por tanto ceder... Hoje meu sofrimento é muito mais por não estar acostumada a ficar sozinha do que por saudades de um ou de outro fulano.

Não vou mentir que essa saudade as vezes pinta, mas ela é quase que instantaneamente dissolvida pelo pensamento de: será que se eu estivesse com ele agora estaria feliz? A resposta é nítida e cristalina sempre: é claro que não!

O presente é meu momento de reserva, de luto, de afastamento de contatos mais intensos, da curiosidade de querer saber o que esta acontecendo com eles, porque num futuro não muito distante isso não fará a menor diferença, não provocará qualquer reação da minha parte.

Hoje eu preciso cuidar do meu amor por mim, para ser livre e feliz independente de qualquer pessoa que esteja ao meu lado, sozinha ou acompanhada, eu preciso estar pronta para ser feliz só por mim.

O passado me ensinou, me deu experiência e sabedoria para eu me sustentar no presente e a partir de agora traçar metas e planos para serem concretizados no futuro.

Conclusão da história, depois do fim o recomeço

Depois de tudo que passei nesses últimos 2 meses, desde o rompimento, descobertas de traição, mentiras, personalidade psicopática dele, ter conhecido a ex-namorada do louco com com me identifiquei imensamente nas dores, e ter tido contato com a atual a quem tentei alertar sem sucesso (sim, eles estão juntos) me reconheço hoje em um vazio dessa história. Intensa por 6 meses, e agora o vácuo, o nada, o fim absoluto sem uma única notícia ou contato.

Venho refletindo diariamente sobre cada detalhe, sobre cada atitude minha, o que deveria e não deveria ter sido feito, o que poderia mudar o rumo do desfecho.

No fim, concluo que nada poderia ter sido diferente pois se não tivesse acontecido assim, talvez eu teria recaído com mais facilidade, não teria descoberto tantas verdades, teria me perdido mais nessa loucura de relação falida.

Nessa reflexão inclusive me questiono sobre a importância desse contato o qual sinto falta, seria mesmo uma amizade sadia, necessária?

Essa pessoa mentiu pra mim durante todo o tempo em que estivemos juntos, dizia que me amava, que gostava de estar aqui, na minha casa, na minha cidade comigo e depois que terminamos, para outras pessoas, disse o contrário, que não gostava de mim, que não gostava da minha casa, até dos meus filhos ele falou. Desdenhou meu carinho, meu acolhimento e amparo nos momentos em que ele mais precisou. Inclusive no último dia em que ficamos juntos ele disse o quanto estava feliz ao meu lado. 

Só não continuamos juntos porque uma mega chance loira caiu em seu colo no dia em que eu disse querer terminar. Menina economicamente, socialmente interessantíssima, eu não fui "trocada" por uma pessoa, eu fui abandonada no canto por puro interesse. Enfim, tudo indica que ele vai se esforçar ao máximo para manter essa situação, realmente as vantagens dessa "nova paixão" como ele diz ser, são interessantes demais para ele arriscar, mas será que consegue mesmo mudar? Não sei, só o tempo vai dizer, mas não sei se terei acesso as informações de sucesso ou fracasso.

Hoje, estou tentando recomeçar, decepcionada, triste, traumatizada. Mas vou caminhando, devagar, passos pequenos, mas eu preciso me levantar e seguir em frente.

É mais do que a hora de me amar, me cuidar. Está difícil, mas cada dia que passa melhora um pouco.


E "se"...?

E se eu não tivesse descoberto as conversas na internet? E se uma pessoa economicamente  e profissionalmente interessante não tivesse surgido exatamente no dia em que eu dei um basta? E se hoje nos falássemos? E se...?

Nosso romance estava fadado ao insucesso, fato. Mas porque me envolvi tanto, porque me sinto tão triste hoje, vazia... Sentindo falta de quem? De que?

Me dói pelas mentiras contadas antes e depois, onde foi parar todo o amor que era proclamado? Eu vi de perto por semanas uma recuperação incrível. Ele se afastou das drogas, bebida até cigarro estava parando. Em menos de duas semanas do basta, já estava entregue de novo a essa vida louca, fazendo besteiras, meu Deus!! Como uma pessoa consegue se auto-destruir em tão pouco tempo?

Não estou arrependida, pelo contrário, sinto um enorme alívio por estar livre de tudo que poderia acontecer. Não daria certo, qualquer hora ia desandar de vez. Se nada do que descobri tivesse vindo a tona poderia até ser que durasse pouco mais, mas não deu, foi muita merda no ventilador!!

E dói, me sinto tão triste.. Vivemos juntos por quase 6 meses, dividindo lágrimas, sorrisos, vitórias e derrotas. Foi tão intenso que é difícil entender como evaporou. Meu carinho por ele era tão sincero. Não fui apaixonada, não o amava como amava meu ex-marido, mas gostava dele o suficiente sim, para ficarmos juntos, como bons companheiros. 

Estou assim esses dias, saudosista, não por querer voltar no tempo, jamais voltaria pra ele, é mais uma saudade de perder o contato de poder conversar de poder acarinhar esse perdido louco a quem tanto me dediquei. Sinto falta de poder cuidá-lo.  Carinho de mãe, de amiga... Que ele sequer respeitou. Que ele sequer  reconheceu. Me magoou com tantas mentiras, falou tantas coisas erradas sobre mim, sobre nós.. a troco de que? Eu enlouqueci de tanta mágoa, tanta decepção me fizeram cavar tão fundo para ter chegado a tantas descobertas sobre a personalidade dele.

Acho que eles não estão mais juntos (a outra a quem ele se agarrou somente por interesse, espero que ela tenha entendido) mas não posso afirmar. Sinto medo, sinto tristeza, mas um fiapo de alegria e alivio por imaginar que eles podem não estar juntos. Por que? Nem eu sei responder... Não por ela, pois se desejasse seu mal ele seria tudo para promover isso, mas por não achar justo toda essa situação comigo, tão mal resolvida, tão fantasiosa e irreal pelas palavras dele.

Um dia, esse foi o homem a quem dediquei todo meu amor e carinho, que dormiu comigo na minha casa, com meus filhos, com quem tive contato 24h por dia mesmo quando ele não estava aqui. Onde os recados de amor que ele mandava transbordavam em torpedos, telefonemas, facebook, aos amigos e parentes que me agradeciam e homenageavam reconhecendo a mim a atribuição principal de tanta mudança.

Hoje, 3 semanas sem contato, sem ligações, sem torpedos... Que no final eram ensandecidos, desvairados, oscilavam em pedidos de perdão e ameaças sinto um vazio estranho, impreenchível. 

Onde será que ele está? O que será que está fazendo?

E se ele me procurasse hoje, me pedisse desculpas, pedisse para me ver? Acho que eu choraria, perdoaria, talvez ensaiasse uma última noite entre vinhos, violão, vozes, lágrimas para uma despedida real. 

Pra que isso? Não sei... Não sinto tesão, não sinto amor, mas sinto que algo faltou.

Meu amor por mim? Na sola do pé.. Mas o juízo está no lugar, fico somente nessas palavras, solitárias, escondidas em um blog "secreto" enquanto recuso telefonemas e mensagens para sair. Hoje eu só preciso ficar só ;)