sábado, 3 de março de 2012

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Quando fiz esse blog tinha intenção inicial de mostrar que eu "estava bem", que superaria numa boa os rompimentos que passei, mas hoje vejo que a coisa não é tão simples.

Me pego tentando mostrar que estou legal, mas no fundo sei que a realidade é outra.

Especialmente nas últimas horas, pensei muito no meu casamento, precisamente hoje, que completa um ano em que através de um telefonema disse ao meu ex marido (depois de mais uma das mentiras dele): " - Nem precisa mais voltar, aqui você só entra para tirar suas coisas!" e assim foi feito. 

Sinto falta da minha família completa, de ter alguém ao meu lado, até dele as vezes, mas não me sinto nem um pouco arrependida. Mas confesso que já me peguei chorando várias vezes por isso. Nos poucos contatos que temos, pelas crianças, me emociono e choro.

Dizem que eu não vivi o luto dessa separação, pois nos 4 meses que fiquei solteira, sempre tive com quem ficar, estava saindo sempre, louca para ficar com um monte de gente, enfim, a piração básica de qualquer pós separação. E foi justamente aí que o ex namorado entrou e ficou por 6 meses.

Eu pulei a etapa do luto dessa separação de uma relação de 17 anos para me esconder atrás de um namoro doente, fraco, em que me iludi em vários aspectos, namoro este que durou apenas 6 meses e me destruiu mais que a separação anterior.

Eu pulei essa etapa do meu passado e hoje, no presente, sinto exatamente o peso dessa ausência de luto, ele se acumulou e veio de uma vez só para aplacar e me detonar de uma vez só. 

Mas esse mesmo passado me ensina que agora preciso de um tempo pra mim, coisa que ouvi tantas vezes um ao atrás e ignorei. Hoje eu preciso aprender a me amar, me respeitar, não me atropelar para garantir o futuro menos doloroso, menos problemático.

Até agora vivi muitas coisas em minha vida. Já tive meu grande amor, já tive filhos, já fiz loucuras por uma paixão extra-conjugal e me dei muito mal me envolvendo com em um relacionamento de amizade mascarado por um namoro falso, que parecia ser a salvação da minha vida.

Chega de emoções por um tempo.

O nome escolhido para o blog o verdadeiro "meu amor por mim" ainda está sendo construído, ainda está sendo trabalhado, não cheguei na plenitude da aplicação desta amorosidade egocêntrica mas estou batalhando por isso. Eu quero, eu posso, mas agora não vai passar, não vai ser hoje que as coisas que sinto vão mudar.

Minha esperança no futuro está calcada principalmente nas experiências do passado. Já sofri muito por amor, de tanto amar, por tanto ceder... Hoje meu sofrimento é muito mais por não estar acostumada a ficar sozinha do que por saudades de um ou de outro fulano.

Não vou mentir que essa saudade as vezes pinta, mas ela é quase que instantaneamente dissolvida pelo pensamento de: será que se eu estivesse com ele agora estaria feliz? A resposta é nítida e cristalina sempre: é claro que não!

O presente é meu momento de reserva, de luto, de afastamento de contatos mais intensos, da curiosidade de querer saber o que esta acontecendo com eles, porque num futuro não muito distante isso não fará a menor diferença, não provocará qualquer reação da minha parte.

Hoje eu preciso cuidar do meu amor por mim, para ser livre e feliz independente de qualquer pessoa que esteja ao meu lado, sozinha ou acompanhada, eu preciso estar pronta para ser feliz só por mim.

O passado me ensinou, me deu experiência e sabedoria para eu me sustentar no presente e a partir de agora traçar metas e planos para serem concretizados no futuro.

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